Opinião: Este livro lê-se como uma fábula, mas não necessariamente uma para crianças, por apresentar alguns conceitos mais maduros e macabros. No entanto, consigo imaginar o meu eu naquela idade entre a infância e a adolescência a ler este livro e a ficar fascinada pelas ideias expostas e pela imaginação vívida do autor.
Harvey Swick é um rapaz que, num aborrecido Fevereiro, deseja divertir-se. Surge-lhe um estranho, Rictus, que o leva para a casa do Senhor Hood, a Casa de Férias. Nesta, todos os dias comportam as quatro estações do ano, todas as crianças se podem divertir enquanto quiserem, tudo aquilo que quiserem lhes é fornecido.
Mas numa casa assim, será que tudo é o que parece? Harvey é um rapaz de 10 anos bem esperto, que começa a perceber que nem tudo está bem, e apercebe-se daquilo que está escondido por trás da fachada da casa.
Gostei muito quando o Harvey se viu obrigado a voltar à Casa, para roubar o que lhe fora roubado, acabando por dar razão de ser ao título do livro. E gostei das maneiras imaginativas como ele lidou com os obstáculos que se lhe opunham.
O livro é curto, mas funciona muito bem assim. Não achei em momento algum que faltasse algo à história. Aquilo que o autor decidiu pôr em texto é intrigante, a sua imaginação é excitante e as ideias que transmite com a história fazem realmente pensar. Acabei o livro a pensar que terei de ler qualquer coisa do autor mais longa, porque fiquei mesmo curiosa para ler mais qualquer coisa dele.
Título original: The Thief of Always (1992)
Páginas: 192
Editora: Saída de Emergência
Tradução: David Soares
Ora aí está um livro que parece genuinamente intrigante!
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