quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Uma imagem vale mil palavras: Guia para um Final Feliz

Moral da história: de louco temos todos um pouco. A diferença é que alguns de nós têm um diagnóstico.

Que filme tão refrescante. Primeiro, porque está a ser considerado uma comédia romântica, mas não o é no sentido convencional, e escapa a clichés na maior parte do filme. Segundo, porque é uma comédia romântica feita para mais do que encher o currículo do realizador, e foi feita com cuidado e qualidade, e isso vê-se na quantidade de nomeações para prémios e outros que tais. Terceiro, porque retrata doença mental duma maneira nada cliché, muito credível, e com momentos divertidos e peculiares, sem exagerar na dose.

Gostei do Pat. É uma pessoa com bipolaridade, acabada de sair do hospital, e a lidar com os problemas que o levaram lá: a infidelidade da mulher, Nikki, e a "explosão" de Pat ao descobri-la. A família não ajuda, tendo em conta que o pai está obcecado com os resultados do futebol americano e acha que o Pat é um amuleto de boa sorte para a sua equipa. É quando ele se cruza com Tiffany, uma viúva a recuperar da morte do marido, que a sua vida começa finalmente a melhorar.

Entre o Bradley Cooper, a Jennifer Lawrence e o Robert de Niro, temos um bom elenco de actores muito bons numa boa representação, dando corpo e personalidade aos personagens, com idiossincrasias e tudo. O que leva a alguns momentos bem dispostos e que arrancam gargalhadas à audiência. A doença de Pat, e o modo como ele reage a algumas coisas, leva a cenas engraçadas.

Aquela cena em que o Pat atira o livro pela janela porque ficou frustrado com o final é muito boa. Qual o amante de livros que nunca ficou frustrado com o fim de um livro? Também gostei da cena em que ele e a Tiffany trocam impressões sobre os medicamentos que já tomaram. Ou a cena em que a Tiffany dá uma abada ao pai do Pat com os resultados dos Eagles. (Eu sabia que havia uma razão para gostar daquela rapariga.) A cena final, com a dança, é hilariante.

Interessou-me ver como o Pat e a Tiffany se "curam" mutuamente de certos comportamentos doentios e de como o esforço para o número de dança os ligou e concentrou noutra coisa que não os seus problemas. O final pode ser ligeiramente cliché, mas não usa duma reviravolta excessiva e exagerada, típica das comédias românticas, para mudar a vida dos personagens, e não nos promete um "felizes para sempre", o que é bem inteligente.

Um filme que vos vai surpreender, divertir e deixar sair do cinema com um sorriso no rosto.

4 comentários:

  1. Quero tanto ler o livro como ver o filme :)
    Fiquei curiosa.

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    1. É uma história bem gira, e surpreendentemente animadora. Está muito recomendada. ;)

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  2. Fui ver o filme ontem e adorei *.*
    Adorei o facto de não ser uma comédia romântica clhiché mas algo nunca antes visto e a Jen foi prefeita para o papel!

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    1. É esse o encanto do filme, o de ser (mais ou menos) uma comédia romântica, mas ao mesmo tempo fugir aos clichés do género. :) A Jen estava fantástica, achei que ela e o Bradley foram tremendamente convincentes nestes personagens. :D

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